domingo, 21 de agosto de 2011

Explorando cheios, vazios e tensão

Dando continuidade ao processo de dissolução de equívocos e de abertura da mente para a materialização de idéias, na segunda aula do semestre foram exploradas as possibilidades do brinquedo dinamarquês, já sexagenário, mundialmente famoso - o Lego.

De acordo com informação do fabricante, com apenas seis peças LEGO (do latim, "eu armo" ou "eu junto" ou ainda "eu monto") 2x4 são possíveis 102.981.500 combinações diferentes.  

Nos países desenvolvidos são usados, desde a pré-escola até à universidade, com o fim de estimular a concentração e criatividade, dos alunos de design, robótica e mecatrônica. Portanto não há duvidas de sua aplicabilidade à alunos ingressantes de um curso de Arquitetura com o fim de desenvolver tais habilidades.

Dentro de um limite de 8x8 módulos de lego (oito bolinhas) foi possível explorar a composição de cheios e vazios e experimentar os efeitos de tensão obtidos por reconfigurações de uma mesma montagem. O primeiro passo foi montar um objeto de faces lisas com protuberâncias e irregularidades voltadas para dentro.


Daí, a "pele" do objeto deveria ser alterada, sem adição ou subtração de peças, somente através da reconfiguração da montagem.


No entanto, a intenção do exercício era obter uma composição de cheios vazios nas fachadas do objeto, portanto o passo foi repetido.


Posteriormente outras montagens foram experimentadas, como por exemplo compor um interior liso, de modo a permitir deslocar uma peça em alturas diversas.





As conclusões do exercício se deram através da explicação do professor sobre a possibilidade de se experimentar efeitos de tensão provocados pelas aberturas e como isso se aplica na Arquitetura através da exposição de algumas obras. 

As obras escolhidas se mostravam, algumas intencionalmente, outras por coincidência, inspiradas em montagens de Lego. 

Como exercício para casa, nos coube executar o inverso. Minha escolha foi reproduzir uma obra do escritório inglês Urban Space, a Container City. O módulo representado foi instalado em 2001, em quatro dias, e está equipado há mais de 5 meses, no Trinity Buoy Wharf , no bairro londrino de Tower Hamlets.


Um dos equívocos dissolvidos durante a aula foi a necessidade do desenho como instrumento indispensável e a maquete como complementação para representar uma idéia. Ficou claro que ambos são apenas maneiras diferentes de expressão.


Particularmente acredito que no mínimo a representação volumétrica através da maquete em Lego expressou melhor a obra do que faria um desenho. Se o objetivo do exercício era mostrar isso, foi um sucesso.

REFERÊNCIAS:
1. http://www.urbanspace.com/container_city.html, acessado em 21/08/2011, às 18:46
2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Lego, acessado em 21/08/2011, às 17:21

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